Treze Futebol Clube, Paraíba
17 de Novembro de 2001. Já passava dos 30 minutos do 2º tempo quando Valdir Papel subiu sozinho para cabecear e empatar o jogo. Treze um, Guarany de Sobral também um. Resultado que seguiria até o apito final e acabaria com o sonho alvinegro de retornar a Série B do Brasileirão. Naquele triste jogo, pude presenciar mais de dez minutos de absoluto silêncio da torcida trezeana que não conseguia reagir e empurrar o time no momento cru...
17 de Novembro de 2001. Já passava dos 30 minutos do 2º tempo quando Valdir Papel subiu sozinho para cabecear e empatar o jogo. Treze um, Guarany de Sobral também um. Resultado que seguiria até o apito final e acabaria com o sonho alvinegro de retornar a Série B do Brasileirão. Naquele triste jogo, pude presenciar mais de dez minutos de absoluto silêncio da torcida trezeana que não conseguia reagir e empurrar o time no momento crucial da partida. Mas, para tentarmos tirar o teor trágico daquele fatídico domingo vamos reescrever esta história. Nesta nova história Valdir Papel sobe sozinho, cabeceia, empata o jogo e neste mesmo momento nasce a TORCIDA JOVEM DO GALO. Não era admissível (pelo menos pra mim) que uma torcida tão grande assistisse passivamente seu time perder para ele mesmo. O espírito da TJG nasceu deste sentimento de disposição, atitude e lealdade ao Treze, esteja ele atravessando o momento mais glorioso ou a situação mais nebulosa. Alguns dias depois, me juntei a outro autêntico trezeano, Raniery Adelino, rabiscamos uma camisa e começamos a transformar idéias em realidade. Aos poucos fomos juntando os amigos. Diego Melo, Ricardo Augusto, Ari Filho, Márcio Werner, Eduardo Jenner, entre outros, que em 13 de Dezembro de 2001, fundaram a Torcida Jovem do Galo. Foram inúmeras reuniões, caminhadas no centro atrás de patrocínio, visitas a rádios, enfim, uma mobilização de apaixonados que não queriam nada em troca, apenas, uma torcida vibrante! E foi assim, que em 20 de Janeiro de 2002, no estádio Amigão, a TJG apareceu pela primeira vez. E quis o destino, que neste dia o Treze começasse perdendo para o ABC de Natal. Como de praxe, a maior parte da torcida do Treze, desistiu antes do jogo terminar. No entanto, aqueles 20 loucos de "camisas iguais" continuavam pulando e gritando sozinhos no estádio e receberam um prêmio aos 47 minutos do 2º tempo, quando o meia Rogério Miranda empatou o jogo. Se o som das poucas vozes da TJG teve influência, não iremos saber, mas temos certeza que aquele jogo se tornaria rótulo para uma história que apenas começava. Durante o Campeonato do Nordeste de 2002, novos nomes se juntaram a organização. Emir Filho, Cícero, Bruno, Joílson, Jucileto, entre outros que começavam a se identificar com aquela nova filosofia. Foi um ano difícil para o Treze. Enquanto isso, a torcida continuava seguindo seus passos, ao som da charanga, no balançar das pequenas bandeiras e das faixas cheias de patrocínio. Muitas vezes precisamos da colaboração de Petrônio Gadelha e Fábio Azevedo, dirigentes do Treze Futebol Clube, para que a torcida pudesse levar seus instrumentos. Depois de um ano de trabalho, seriedade e dedicação, a torcida cresceu. Outros abnegados se juntaram, formando uma nova diretoria. Criou-se uma comissão denominada G-13, composta por treze pessoas, encabeçadas por mim e por Jucileto Leal. Neste momento, pessoas importantes entraram para diretoria. Os irmãos Marcos e Márcio, os atuantes Filgueira e Saulo, e também representantes femininas que foram convidadas pela sempre presente Fátima. O ano de 2003 foi um ano muito negativo para o Treze. O clube estava abandonado e não fosse à atuação diária da TJG, o problema teria sido muito maior. Foi a TJG que comprou muitos dos "cafés da manhã" para os jogadores. Foi a TJG que comprou medicamentos para que jogadores pudessem ter condições de jogo. Foi a TJG que evitou que os jogadores ficassem sem energia na concentração na véspera de um clássico, colocando-os num hotel! Enfim, um trabalho de bastidor que poucos sabem, mas QUEM fez não precisava de publicidade! Fez por amor ao clube! Neste mesmo ano, a torcida com a ajuda de todos seus diretores, conseguiu enfim comprar seus instrumentos e abrir uma sede. Sede esta, que até hoje, se moderniza e virou ponto de encontro da maior do estado! Uma grande feijoada de inauguração marcou a abertura! No ano seguinte (2004), as coisas começaram a acontecer naturalmente! Maiores faixas, maiores bandeiras, produtos de qualidade à venda na sede! A Jovem saiu da arquibancada sombra do Amigão para tomar conta da Arquibancada Geral. O Amigão parou para ver a festa da Jovem! Era a Jovem do Galo tomando conta da cidade, de norte a sul, de leste a oeste. O reconhecimento veio com a firmação das primeiras grandes alianças com Máfia Vermelha e Inferno Coral. Uma grande festa de aniversário foi realizada com a presença de todas as aliadas! No fim de 2004, já sem puder dar o melhor de mim para a torcida, resolvi dar oportunidade para que novas pessoas pudessem dar continuidade! Uma nova diretoria foi formada, encabeçada por Diego Rodrigo e Ari Filho, que continuam até hoje dando conta do recado. De 2004 pra cá, muita coisa mudou! A torcida teve um crescimento extraordinário e posso garantir que hoje sou apenas mais um na multidão! Resta apenas, o orgulho e a satisfação de saber que junto de muitos amigos, pudemos dar nossa parcela de contribuição para que hoje, o Treze Futebol Clube tenha a Maior e mais vibrante torcida organizada da Paraíba e do interior do Nordeste! Hoje o Grêmio Recreativo Torcida Organizada Jovem do Galo é sinônimo de disposição, atitude e lealdade ao Treze Futebol Clube, mostrando que aquele espírito nascido num momento difícil, continua vivendo e refletindo toda a força e paixão da torcida alvinegra![+] Mostrar história completa
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