O clima de serenidade no Mineirão, neste domingo, não lembra, nem de longe, as cenas de selvageria protagonizadas pelas torcidas organizadas do Cruzeiro, no último ano. As brigas entre Máfia Azul e Pavilhão Independente levaram o Ministério Público a proibir as facções de entrar no Mineirão com roupas ou acessórios que identificassem as torcidas. No entorno do estádio, seguranças e policiais militares impediam a entrada de cruzeirenses que teimassem em desobedecer a proibição.
Apesar da tranquilidade, um torcedor, identificado pela reportagem do GloboEsporte.com, conseguiu burlar a segurança e entrou com uma camiseta com um discreto símbolo da Máfia Azul.
O torcedor do Cruzeiro que passou pela barreira policial, ocupava um lugar no setor inferior amarelo do estádio do Mineirão, local onde a Máfia Azul costuma se reunir nas arquibancadas. A camisa apresenta o símbolo de uma das subdivisões da torcida organizada, de Nova Lima, na região metropolitana de Belo Horizonte. Perguntado sobre como conseguiu burlar a segurança, o torcedor desconversou e negou que a camisa era da facção.
- Não tem nada de Máfia Azul. Isso aqui é uma camisa do time de futsal da minha região.
Os torcedores das organizadas estiveram presentes no Mineirão. No entanto, sem identificação de camisas ou acessórios das facções. O tenente coronel da Polícia Militar, explicou que alguns torcedores podem ter burlado a segurança, assim com flagrou a reportagem do GloboEsporte.com, escondendo a camisa da torcida organizada.
- É possível. Às vezes o sujeito entra com uma camisa por baixo da outra e, na revista, não manda levantar a blusa de todo mundo. Mas dentro do estádio não identificamos ninguém com a camisa das organizadas.
O Mineirão possui dois acessos para os torcedores entrarem dentro do estádio: a entrada Sul e Norte. Logo na entrada, seguranças e policiais identificavam os torcedores que poderiam estar com roupas que estivessem com algo que identificasse as organizadas. Poucos torcedores, principalmente de outras cidades e da região metropolitana de Belo Horizonte, apareceram nos arredores do Mineirão com camisas e roupas das torcidas organizadas punidas.
O tenente coronel Robson Queiroz, responsável pelo policiamento de eventos no Mineirão, informou que o domingo foi de tranquilidade para a Polícia Militar. Apenas uma ocorrência foi registrada, fora do estádio e sem associação com as torcidas organizadas. Segundo o tenente, alguns torcedores da URT registraram uma ocorrência porque as bilheterias não estariam aceitando a documentação para a compra dos ingressos de meia entrada.
Fonte: www.globoesporte.globo.com